terça-feira, 30 de junho de 2009

VIDAS SECAS- Graciliano Ramos

É inclivel como o escritor Graciliano Ramos conseguiu transmitir com tanta clareza a realidade de uma família retirante nordestina, fazendo com que sentíssemos que estávamos fazendo parte deste enredo.
O livro “ Vidas Secas” foi escrito em 1938, onde ele critica a situação econômica do nordeste e as diferenças entre os donos das terras e o trabalhador.
A narrativa nos leva a perceber aquele cenário desolador da seca nordestina., ou seja, homem, paisagem, bicho, terra, seca e humilhação.
Nesta obra, Graciliano queria pertubar a disgestão dos que podem comer, principalmente por quem nunca se separou com uma história igual a de Fabiano, Sinhá Vitória, os dois filhos e a cadela Baleia.
A obra de Graciliano Ramos foi adaptada para o cinema em 1963 pelo cineasta Nelson Pereira dos Santos e fez parte da primeira fase do cinema novo, cujo esta fase apresenta uma temática voltada para o nordeste e os problemas da região.
O filme mantém fidelidade ao texto de Graciliano e a história vai sendo narrada polos movimentos da câmara que dão origem as imagens que falam por si só. As palavras são praticamente inexistentes ou são substituídas por exclamações, onomatopéias e se restrigem a resmungos ou gestos.
A escuta supõe romper com o pacto de silêncio do grupo social a que pertencemos e do qual usufruímos, usofruto que supõe a inocência, a ignorância sobre as determinações da miséria do outro e a reflexão sobre a igualdade entre os homens, quando, de fato, o que fazemos é excluí-los.
O ruído constante de uma roda de carro de boi soa como música da seca e uma cachorra só pele e osso se reveste de sentimentos humanos, são imagens que bastam para retratar a realidade.
É inclível também como Roseane consegue transmitir seus conhecimentos sobre a linguagem fílmica. Ela nos falou da ética da estética, que seria buscar a ética através da crítica social.
Falou ainda que o artista tem ima função social, que é função ética ou seja denúncia social do Brasil.
Ainda comentou sobre a narrativa do silêncio que tanto Graciliano, quanto Nelson trabalharam, ou seja: submissão do menor, a câmara fala, ignorância argumentativa e linguagem fragmentada.
Que no filme existiam dois tempos que narram a história: cronológico (a ordem dos fatos; tempo linear- passado/presente/futuro) e psicológico( como o personagem se sente naquele momento. Este tempo depende muito da motivação/sentimento.
No espaço estruturante estão presentes o silêncio, o espaço dá sentido/ratifica o sentido da seca.
No processo de isolamento estão as condições concretas de existência, animalização do homem e Baleia/ linguagem humana.
Ficamos sabendo também sobre a diferença entre hipotexto (texto original/ livro-linguagem escrita) e hipertexto ( texto criado a partir de outro- filme/ linguagem cinematográfica).
Sendo assim, a linguagem nos proporciona a comunicação. Através dela adquirimos conhecimentos. Passamos a ser autonomos e criamos uma práxis, desta forma refletimos sobre nossa prática.
A partir daí, fez-nos refletirmos sobre qual a importãncia da linguagem cinematográfica no processo de formação. Acredito que esta linguagem neste processo de formação, contribuirá muito na nossa prática pedagógica, principalmente por podermos ver com outros olhares a forma de como trabalhávamos com esta linguagem com nossos alunos. Procurar fazer sempre re-leitura dos vídeos, partindo da visão que os alunos têm., procurando ajudá-los a adquirirem estes conhecimentos.

Um comentário:

Bonilla disse...

Olá Mari,
vamos incrementar mais o blog?
Articule nas postagens texto, imagem, link, cor, vídeo, de forma que o blog fique hipertextual e multimídia, bem ao estilo dos ambientes online. São esses elementos que tornam os ambientes dinâmicos e atrativos.
Vamos lá?
abraço