segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

PRODUÇÃO LIVRE

HORÓSCOPO


BONILLA
12/08 À 16/11
Se você é uma pessoa calma, prepare-se para mudanças radicais. Absorverá muitas informações sobre manutenção, inclusão digital e áudio.
Mas preste atenção, você não pode deixar de participar dos ambientes de interação como: lista de discussão, moodle e blogger.
DICA: Para que seus estudos fluem bem e sua vida particular não seja afetada, aproveite o feriadão para amar de montão!


PAULINHA
09/10 À 20/11
A passagem da Palavra na sua vida proporcionará muitas mudanças em relação aos seus estudos.
DICA: Aproveite para ler muito e criar gosto pelos gêneros textuais.
Se você está só, há boas chances de conhecer uma Palavra ou Gênero especial que mudará sua vida.
Dê asas a sua imaginação

MARGÔ
11/08 À 01/12

Durante este período muitos mitos povoarão sua mente, trazendo excelentes aventuras, aprendizagens, gargalhadas e gosto pela leitura.
DICA: Aproveite que a Deusa Atenas (Deusa da Sabedoria) está passeando por este espaço de aprendizagens e curta bem esta viagem do livro Odisséia de Homero.


JOSY
14/10 À 02/12


Você é daquelas pessoas que andam muito preocupadas com a escrita do Diário de Ciclo. Não se preocupe porque muitas mudanças ocorrerão durante os Encontros de Orientação. Nestes encontros, você tirará suas dúvidas referentes às normas ortográficas, ABNT, citações e muitas outras coisas que ajudarão você a avançar em suas escritas.
DICA: Procure demonstrar claramente tudo que sente em relação as suas dificuldades e com certeza encontrará uma boa orientação.

GIOVANA ZEN
04/09 Á 31/10
Tudo que representa mudanças nos métodos de alfabetização farão você refletir muito em relação à forma que as crianças aprendem a ler e escrever. Desta forma, sua prática pedagógica certamente não será mais a mesma.
DICA: Aproveite esta Atividade de Alfabetização para fazer com que seus alunos avancem nas hipóteses de escrita e nas propriedades da leitura.


ROSANA
12/08 À 28/11
As viagens estarão bastante favorecidas com esta atividade. Conhecerá muitos lugares e pessoas, além de ficar por dentro de como se produz um filme.
Ficção e realidade estarão presentes em todos os momentos.
DICA: Se você pensa em se inscrever em algum GECI no ciclo IV, aproveite para participar do Cine contexto para favorecer mais as discussões quando for assistir ao filme.

ATIVIDADE- ARTE E PRÁTICAS CORPORAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL





A Importância Educacional e o Vigor Pedagógico inerente à obra de arte

A expressão corporal enquanto meio educativo apresenta o aluno como agente de transformação, proporcionando o desenvolvimento e a melhoria da comunicação interpessoal, além de explorar a espontaneidade, a naturalidade, a criatividade e a imaginação. Todos esses estímulos levam à sensibilização e à formação da consciência corporal. A expressão corporal estimula ainda a percepção, a atenção a autonomia corporal, a melhoria e o desenvolvimento dos aspectos físicos, motores,sociais,cognitivos e afetivos.
Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil o ensino da arte deve primar pela contextualização da realidade cultural, social,econômico,deve levar em conta o nível de desenvolvimento motor, a faixa etária, as experiências e as histórias de vida dos alunos.
As artes visuais estão presentes no cotidiano da vida infantil. Ao rabiscar e desenhar no chão, na areia,e nos muros, ao utilizar materiais encontrados ao acaso(gravetos, pedras,carvão), ao pintar os objetos e até mesmo seu próprio corpo, a criança, pode utilizar-se das artes visuais para expressar experiências sensíveis. Tal como a música, as artes visuais são linguagens e, portanto,uma das formas importantes de expressão e comunicação humanas, o que, por si só, justifica sua presença no contexto da educação, de um modo geral.
Assim é bastante enriquecedor solicitar que as crianças levem para a escola, por exemplo, elementos que se refiram a um determinado assunto de arte a ser trabalhado. O professor também deverá fazê-lo. Dessa, maneira havendo interesse em trabalhar a percepção das formas e seus elementos (como textura, cores), pode se colecionar da natureza folha, flores, gravetos, pedras e etc. Ou de materiais produzidos pelo homem como tecidos, pedaços de papéis, rótulos, embalagens , fotografias, ilustrações, objetos de uso cotidiano, sons, canções e outros, que serão reunidos na classe como material auxiliar para as aulas de artes.
O teatro na educação escolar possibilita trabalhar a relação consigo mesmo e com o outro, o uso da voz, a interpretação do texto e a comunicação verbal ou corporal de uma mensagem. Trata-se de uma comunicação artística que exige a presença de quem atua, de forma completa: corpo, fala e gesto.
É de fundamental importância que o professor possua o conhecimento da linguagem teatral bem como o objetivo do que será trabalhado com os alunos, entendendo que o teatro desenvolve as capacidades artísticas e expressivas, o exercício das relações de cooperação, diálogo, respeito mútuo, e flexibilidade de aceitação das diferenças.
O teatro compreende um espaço que possibilita a fala acerca de diversos temas presentes no cotidiano e este espaço de fala possibilita aos alunos que participa dessas ações, ocupar um território livre no qual as ideias, personalidades e olhares, podem ser expostos, sem acarretar punições comuns na vida real, por conta do distanciamento entre a ficção e a realidade.
Esta situação desenvolve uma reflexão crítica acerca do movimento vivido pelos alunos, provocando-os para pensar sobre novas possibilidades de transformação pessoal e na sociedade.

A Arte e a Lucudidade no processo educativo da Educação infantil

O brincar é sem dúvida um meio pelo qual os seres humanos e os animais exploram uma variedades de experiências em diferentes situações, para diversos propósitos. Ao brincar a criança diferencia vários papéis e se faz presente sobre tudo no faz de conta, quando as crianças brincam como se fossem o pai, a mãe, o filhinho, o médico, o paciente, heróis e vilões etc., imitando e recriando personagens observados ou imaginados nas suas vivências. Ao brincar de faz de conta, as crianças buscam imitar, representar e comunicar de uma forma específica que uma coisa pode ser outra, que uma pessoa pode ser uma personagem, que uma criança pode ser um objeto ou um animal, e que um lugar “faz de conta” que é outro.
Através de uma brincadeira de criança, podemos compreender como ela vê e constrói o mundo- o que ela gostaria que ele fosse quais suas preocupações e que problemas a estão assediando. Pela brincadeira, ela expressa o que teria dificuldade de colocar em palavras.
Nenhuma criança brinca só para passar o tempo, sua escolha é motivada por processos íntimos, desejos, problemas, ansiedades. O que está acontecendo com a mente da criança determina suas atividades lúdicas; brincar é sua linguagem secreta, que devemos respeitar mesmo se não a entendemos (BETTELHEIM, citado por ZACHARIAS, 2008, p. 04).

Brincar é assim, um espaço no qual se pode observar a coordenação das experiências prévias das crianças e aquilo que os objetos manipulados sugerem ou provocam no momento presente.
Brincar é mais que aprender para as crianças, o brincar e o jogar são maneiras de aprender e se desenvolver. Não importa que não saibam disso, ao fazer essas atividades, elas vivenciam experiências fundamentais para seu desenvolvimento. Através dos jogos favorecem o domínio de comunicação nas suas várias formas, facilitando a auto-expressão. Encoraja o desenvolvimento intelectual por meio do exercício da atenção, pelo uso progressivo de processos mentais mais complexos, como a comparação e discriminação.
O brincar é um meio efetivo para estimular o desenvolvimento da linguagem e a inovação no uso da linguagem, especialmente em relação ao esclarecimento de novas palavras e conceitos. O brincar é uma ferramenta rica que o professor tem em mãos para estimular a atividade construtiva da criança.

É interessante também que o professor :
a) Providencie um ambiente adequado para a brincadeira. Cabe-lhe organizar os espaços em aula de modo a permitir as diferentes brincadeiras;
b) Selecionar materiais adequados. O professor precisa estar atento à idade a as necessidades de seus alunos para selecionar e deixar a disposição materiais e brinquedos adequados;
c) Permitir a repetição das brincadeiras. As crianças sentem grande prazer em repetir brincadeiras que já conhecem e manejam bem;
d) Enriquecer e valorizar as brincadeiras realizadas pelas crianças. Valorizar as atividades das crianças, interessando-se por elas, animando-as pelo esforço. Quando só o professor é que seleciona as brincadeiras, as crianças perdem o interesse e ficam limitadas na sua criatividade. É importante e bom o educador diversificar, mas também deixar os alunos livre para brincar;
e) Ajudar a resolver conflitos. É natural acontecerem conflitos nas brincadeiras coletivas, mas é importante que o professor auxilie no processo de negociação entre as crianças, incentivando a resolverem suas diferenças autonomamente, contribuindo assim, para o seu crescimento humano;
f) Respeitar as preferências de cada criança. O professor pode enriquecer suas brincadeiras, mas nunca reprimir suas preferências.
Nas brincadeiras coordenadas, o papel do professor deve ser o de mediador,proporcionando a socialização do grupo, a integração e participação das pessoas envolvidas, favorecendo atitudes de respeito, aceitação, confiança e conhecimento mais amplo da realidade social e cultural. Além de oportunizar situações de aprendizagens específicas e aquisição de novos conhecimentos, dando condições para que a criança explore diferentes materiais, objetos e brinquedos. É importante que o professor planeje os objetivos que quer atingir, bem como o tempo e o espaço que a brincadeira deve acontecer.

Trabalho apresentado a atividade de Arte e Práticas Corporais na Educação Infantil, sob a orientação da profª Cilene Nascimento Canda.

CURSISTAS: ALAIDES NASCIMENTO NUNES PEREIRA, ELIZABETE RODRIGUES NOVAIS, MARILEIDE MARTINS LIMA, MARCÉLIA CLÁUDIA BATISTA MATOS E NAURA CÉLIA SANTOS SILVA



REFERÊNCIAS:

BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação infantil.Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental -Brasília: MEC/ SEF, 1998.
CARNEIRO, Maria Angela Barbato. A descoberta do brincar/ Maria Angela Barbato e Janine J. Dodge. São Paulo: Editora Melhoramentos/ Editora Boa Companhia. 2007.
13/12/2009
http://www.artenaescola.org.br/pesquisa_artigos_textos.php?id_m87.> Acesso no dia 13/12/2009

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

GEAC-ANTONIO GRAMSCI

A questão da educação, em Gramsci, insere-se no contexto mais amplo de instituição da política e de consolidação de um modelo de civilização. Desse modo, qualquer Estado possui uma função educadora, à medida que orienta e adapta os indivíduos a uma determinada estrutura social. A leitura de Gramsci oferece os pressupostos para refletir sobre um novo modelo de escola democrática geradora da possibilidade de participação política efetiva de todos no conjunto da estrutura política da sociedade.
Embora Gramsci reflita com um referencial histórico da sociedade capitalista de 1920, cenário no qual as classes trabalhadoras precisavam elaborar uma consciência crítica a partir de sua realidade e de sua ação para levar avante o projeto socialista, suas reflexões continuam atuais à medida que mostram os limites da democracia burguesa e ampliam a noção de educação, colocando em questão a atividade educativa desenvolvida no âmbito da sociedade capitalista.
A luta por um novo projeto social constitui-se, para Gramsci, na gestação de um novo Estado que, atuando um novo processo de educação, poderia gerar condições de uma nova experiência de escola democrática, não mais enraizada na individualidade nem na propriedade privada, mas construída por novas relações coletivas de solidariedade e de consciência crítica, a fim de viabilizar a efetiva liberdade de cada um no conjunto da vida coletiva.
A originalidade de seu pensamento faz dele um dos grandes intelectuais do nosso tempo. E seus escritos apresentam-se hoje como uma contribuição inovadora para a compreensão da estrutura do Estado e da escola democrática.
Podemos criticar a escola realmente existente, mas temos excelentes motivos para dedicar a ela o melhor de nossos esforços e convertê-la numa causa ampla, generosa, democrática. Se soubermos partir da escola que está aí, em vez de descartá-la como sendo um projeto hegemônico das classes dominantes, se soubermos escapar definitivamente da idéia de que uma boa escola — uma escola de qualidade, democrática, de massas, universal, pública e gratuita, ou seja, só virá depois que tivermos uma boa sociedade, certamente teremos como reformar a escola.
No Brasil, antes de tudo, precisamos reformar a escola e o sistema educacional, tanto quanto precisamos de novas políticas para a educação. Estamos convencidos de que devemos dar mais espaço na escola para professores e alunos, estimular o controle democrático da escola pela comunidade, melhorar a gestão escolar, tornar a escola — e aqui particularmente a escola pública — um valor nacional, brigar para modificar o peso relativo da política educacional diante das demais políticas governamentais.

A HISTÓRIA DE ANTONIO GRAMSCI

Antonio Gramsci nasceu em Ales, na ilha da Sardenha em 22 de janeiro de 1891. Aos dois anos foi vítima de uma doença que o deixou corcunda e prejudicou seu crescimento.
Quando adulto, não media mais de 1,50 metros e sua saúde sempre foi
frágil.
Ajudou a fundar o partido comunista italiano em 1921. Foi um político,
filósofo e cientista político, comunista e anti-fascista italiano. Estudou literatura na Universidade de Turim. Tornou-se um notável jornalista.
A maior parte de suas obras foi criada na prisão e só veio a público depois de sua morte.
Ficou preso durante vinte anos e nesse período de seu encarceramento
Gramsci escreveu as Cartas do Cárcere, onde concebe as bases de seu pensamento político.
Em 1934 sua saúde estava seriamente abalada. Recebe a liberdade condicional e falece aos 46 anos.
Gramsci introduziu na Itália o marxismo investigativo contrapondo-o ao marxismo didascálico ou doutrinário.
O conceito de hegemonia é um dos pilares do pensamento gramsciano, ou seja,Hegemonia Cultural, que é o meio de manipulação do estado capitalista.
Houve uma crescente divulgação e prestígio dos textos gramscianos aos dias de hoje e que denominamos como socialismo investigativo: Gramsci, Vygotski e o Instituto de Psicologia de Moscou.
Gramsci situa a hegemonia numa disputa no nível da superestrutura, que dá sentido a duas idéias gramscianas: a idéia da sociedade política, que exerce a hegemonia através da coerção; e a idéia da sociedade civil (grupos sociais como associações, sindicatos),que formam alianças entre si em busca da hegemonia, da direção intelectual e moral.
Uma das áreas de debate e estudo na qual se verificou a centralidade da contribuição do pensamento de Antonio Gramsci é, de fato da educação e da pedagogia.
Alguns conceitos criados ou valorizados por Gramsci hoje são de uso corrente em várias partes do mundo. Um deles é o de cidadania. Foi ele quem trouxe à discussão pedagógica a conquista da cidadania como um objetivo da escola. Ela deveria ser orientada para o que o pensador chamou de elevação cultural das massas, ou seja, livrá-las de uma visão de mundo que, por se assentar em preconceitos e tabus, predispõe à interiorização acrítica da ideologia das classes dominantes.
Para o socialismo investigativo, produzir cultura não é difundir uma doutrina e sim desencadear nas pessoas um processo de auto-identificação histórica; por isso, a escola básica não pode ser uma escola para a profissionalização precoce e sim uma escola de cultura desinteressada: “Cultura é organização, disciplina do próprio eu interior, é tomada de posse da própria personalidade, é conquista de consciência superior, pela qual se consegue compreender seu próprio valor histórico, a função na vida, os próprios direitos e deveres” (Gramsci, 1980, p. 100).
A idéia da “escola unitária”, proposta educacional construída tendo como base o processo vivo que levou, num dos movimentos empreendidos pela burguesia para reforçar e proteger sua hegemonia, à constituição da “escola nova”, a “escola ativa”, na qual haveria maior aproximação professor-aluno e os problemas da vida “prática” (mundo do trabalho) passariam a ser firmemente considerados.
A “escola unitária” de Gramsci seria o desfecho de todo o processo de crise da velha escola — crise esta determinada pela agonia da sociedade e da cultura tradicionais, pré industriais, com o que a escola se separou da vida, tornando-se “desinteressada” demais ou “especializada” demais. A crise da escola, para Gramsci, era uma “progressiva degenerescência”: as escolas de tipo profissional, isto é, preocupadas em satisfazer interesses práticos imediatos, passavam a predominar sobre a escola formativa, imediatamente desinteressada, invertendo a estrutura que prevalecia anteriormente.
O novo tipo de escola, porém, ainda que tivesse muitos elementos progressistas, não era democrático e acabava por se realizar como um fator adicional de perpetuação e cristalização das diferenças sociais. Para destruir tal armadilha, seria necessário, nas palavras de Gramsci, “não multiplicar e hierarquizar os tipos de escola profissional, mas criar um tipo único de escola preparatória (primário-médio) que conduza o jovem até a escolha profissional, formando-o, durante este meio tempo, como pessoa capaz de pensar, de estudar, de dirigir ou de controlar quem dirige.

Referências:
EDUCAR Para crescer- Disponível em educarparacrescer.abril.com.br/Antonio-gramsci-307895.shtml Acesso em Nov.2009.
A Pedagogia de Gramsci e o Brasil – Disponível em www.acessa.com/gramsci/?id=168&page Acesso em nov. 2009

Atividade- Geografia dos Contos

INFORMAÇÕES SOBRE O CONTO "Por um pé de feijão" de Antonio Torres

Apesar de não ter conseguido achar muitas resenhas sobre o conto “Por um pé de feijão” de Antonio Torres, posso dizer que foi muito interessante trabalhar com este conto, principalmente por ficar sabendo o porquê de o autor tê-lo escrito.
A seguir, algumas informações adquiridas durante minhas pesquisas.
Ao enviar um e.mail para o autor, o mesmo ao respondê-lo, falou da satisfação de saber que em Irecê, a terra do feijão, alguém leu o conto “Por um pé de feijão”.
Informou-me também que não se recordava em que data foi escrito e que achava que o mais provável é que tenha sido na década de 1980.
Este conto foi escrito no Rio de Janeiro, publicado no livro Meninos, eu conto, em 1999 pela editora Record e já deve estar na 8º edição.
O autor nasceu no Junco, hoje Sátiro Dias, no sertão da Bahia. Quando era menino, vivia entre a roça e o povoado, então um distrito de Inhambupe, que em 1958 se tornou cidade. O conto foi escrito graças a uma lembrança de infância: um dia em que ele ia voltando da escola para casa e avistou um grande incêndio. Era uma montanha de feijão empilhado num pasto de um vizinho, para ser batido, que estava pegando fogo. Em casa, ouviu comentários de que o incêndio havia sido criminoso. Foi à lembrança da nuvem de fumaça indo pelos ares que levou a criar o conto. Ou seja, de real ali só teve a fumaça e o menino que a viu e que um dia iria se lembrar dela. Tudo o mais foi inventado.
Este conto foi uma espécie de descanso entre um romance e outro, alguns com temáticas urbanas, outras rurais - ou tratando da relação do homem do campo com a cidade. Dizem que seu trabalho romanesco tem certo cunho memorialístico. No conto "Por um pé de feijão" (assim como nos outros dois de "Meninos, eu conto") também.
O local em que ambientado o conto é a terra em que nasceu igual a tantas outras perdidas nos confins do tempo - e num tempo em que a cultura de subsistência prevalecia nas pequenas propriedades rurais.
Contextualizando geo histórico da produção do conto com, ou seja, com os fatos marcantes que levaram o autor a escrevê-lo, podemos observar que estas lembranças, também fazem parte da vida dos agricultores da região de Irecê,onde, demarcaram seu território em relação as plantações de feijão.E ao se referir como sendo o território, Milton Santos (2000,p96), diz:


O chão da população, isto é sua identidade, o fato e o sentimento de pertencer àquilo que nos pertence. O território é a base do trabalho, da residência, das trocas materiais e espirituais e da vida, sobre os quais ele influi.(SANTOS,2000)


Este sentimento de pertencimento, de identidade, faz parte de todos que levam a vida a plantar, esperando que haja uma boa safra, principalmente por depender das chuvas.
Sendo assim, este conto nos leva a vivenciar as cenas como se estivéssemos naquele exato momento em que o menino narra à história. Passamos a imaginar o sofrimento dele e de todos que esperavam para colher o feijão.
O cenário é semelhante quando se analisa o território Irecê, localizado no semi-árido do Estado da Bahia. As atividades econômicas da região são fortemente ligadas à agricultura que durante os anos 1980/1990 caracterizava-se pela produção de feijão.
As crises decorrentes de estiagens impactaram negativamente a lavoura, tendo como conseqüência a retirada do município do zoneamento agrícola para o feijão ainda nos anos 1990.
Os agricultores passam a explorar outras atividades, onde se destacam as culturas irrigadas, retomando-se a diversificação da atividade agrícola na região, através das olerícolas (cenoura e beterraba) e fruteira, dentre as quais, a pinha ou fruta-do-conde.
O feijão é uma cultura tradicional no município e nas décadas de 80 e 90 era responsável pela grande soma de empregos inclusive fator preponderante pelo fluxo imigratório para o Território naquela ocasião. Nos anos de 90, o feijão sofreu reduções no volume de área cultivada, na produção e no valor da produção tendo como principal causa a diminuição da oferta de crédito subsidiado, do apoio do setor público e de outras políticas agrícolas.



REFERÊNCIAS:
BA Irecê: banco de dados. Disponível em:>HTTP://www.condraf.org.br/biblioteca virtual/ep/EP BA Irece.pdf .Acesso em 27 novembro 2009.
Projeto Releituras:disponível em:>http://www.releituras.com/antoniotorres_menu.asp

domingo, 15 de novembro de 2009

OFICINA DE ÁUDIO

A cada encontro da Oficina de Áudio, podemos nos apropriar de várias informações as quais tínhamos conhecimento que existiam, mas que ao mesmo tempo pareciam tão distante, principalmente por pensar que só poderíamos fazer um programa de rádio se tivéssemos todos os equipamentos.
No primeiro encontro, o nosso coordenador da atividade Ariston e a nossa coordenadora Rita, mostrou-nos como a tecnologia avançou em relação aos aparelhos de áudio, através de tais aparelhos: vitrola, disco de vinil, rádio, mas que até hoje existem pessoas que não abandonam estes instrumentos.
Depois, aprendemos sobre o programa e as ferramentas que iríamos utilizar para gravação de um programa de áudio, que é o AUDACITY, e também como deviríamos proceder para salvar um arquivo, ou seja: ogg (extensão para soft livre) e way (abre em qualquer programa).
Também, aprendemos que qualquer ouvinte pode tornar-se um produtor de informação, através dos podcast, que é um sistema de produção e difusão de arquivos sonoros que guardam semelhanças com o formato dos programas de rádio.Para que isso aconteça, é necessário ter um computador doméstico equipado com microfone e sofwares de edição de som.É interessante que estes programas usem licenças do tipo “Creative Commons” (são licenças que permitem que criadores possam gerenciar diretamente os seus direitos, autorizando à coletividade alguns usos sobre sua criação e vedando outros) , mas poucos são os podcast que usam esta licença.
Das informações adquiridas, partimos para a prática, onde gravamos vinhetas, elaboramos roteiro e gravamos uma amostra de programa de áudio.
Agora eu e minha colega Eletícia teremos que elaborar um roteiro e gravar um programa de rádio com a participação de nossos alunos, que servirá também como avaliação.
Acredito que será muito divertido para nós e para nossos alunos. Quem sabe futuramente não teremos algum cantor ou locutor de rádio. E para que isso aconteça, a escola precisa fazer o que Belloni afirma:


... a escola deve integrar as tecnologias de informação e comunicação porque elas já
estão presentes e influentes em todas as esferas da vida social, cabendo à escola,
especialmente à escola pública, atuar no sentido de compensar as terríveis
desigualdades sociais e regionais que o acesso desigual a estas máquinas está
gerando.( BELLONI,2005)

Sendo assim, cabe a escola ser uma difusora de novas tecnologias, pois elas se mostram cada vez mais evidente no cotidiano das pessoas.

GELIT- ODISSÉIA

A história descrever a vida na casa de Ulisses durante sua ausência entremeada pelas aventuras, dificuldades e provações pelas quais, o herói passa em sua viagem de volta para casa, dez anos depois da Guerra de Tróia.
As histórias fantásticas que compõem as narrativas de Homero e da mitologia grega em geral nos colocam em contato com incríveis aventuras e apresentam não apenas o que podemos considerar como sendo imaginário ou irreal, mas indicativos dos caminhos que nos permitem conhecer um pouco da humanidade, suas crenças, seus medos e seus valores.
Seus principais personagens são:
Zeus – (segundo Homero) filho mais velho de Cronos, é Deus do céu e dos fenômenos atmosféricos. ”Deus dos Deuses” e protetor dos mendigos.
Atena – filha de Zeus e Métis, Deusa da inteligência. Toma Odisseu como seu
protegido, pois para ela ele é o mais inteligente dos homens.
Poseidon – irmão de Zeus, senhor do mar e também dos terremotos e cavalos. Odeia Odisseu, pois esse cega seu filho Polífemos(ciclope).
Calipso – ninfa do mar. Acolhe Ulisses, e quer fazer dele seu marido, chega até lhe oferecer a imortalidade em troca do matrimônio.
Alcínos – rei dos Feácios. Acolhe Ulisses é sua tripulação que o guia para Itáca.
.Telêmaco - filho de Ulisses com Penélope, revoltado pelo abuso dos pretendentes de sua mãe e guiado por Atenas, sai de Ítaca em busca de notícias de seu pai.
Portanto, através de várias dinâmicas trazidas pela professora Rúbia Margareth, conseguimos desenrolar a história, fazendo com quê a cada encontro dos nossos estudos fiquem mais interessantes e de ótimo entendimento.
Eu sempre ficava e ainda fico fascinada pelas histórias da Mitologia Grega e adoro assistir aos filmes. Sempre me imaginava fazendo parte daquele cenário, como se estivesse vivendo naquela época. Portanto, está sendo um prazer estudar um pouco destes mitos.
E o interessante é que poderemos levar para a escola, esta história fascinante, pois já está disponibilizada em uma versão de fácil compreensão para os alunos de educação infantil, mesmo que tenhamos que fazer a leitura para eles.

OFICINA DA PALAVRA ESCRITA

TRABALHAR COM GÊNEROS TEXTUAIS

Os Parâmetros Curriculares Nacionais- PCNs (BRASIL, 1998), afirmam que a utilização de gêneros textuais em sala de aula é de fundamental importância, pois os textos organizam-se sempre dentro de certas restrições de natureza temática, composicional e estilística, que os caracterizam como pertencentes a este ou aquele gênero.Deste modo, a noção de gênero, constitutiva do texto, precisa ser tomada como objeto de ensino.
Ao trabalhar didaticamente os gêneros textuais, o professor (a) pode estar pensando em muitas idéias. A maneira de colocar em prática tais idéias é começar um estudo estruturando o planejamento de trabalho que contemple variados gêneros em todas as séries, partindo da Educação Infantil.
Desta forma, escolhi para analisar neste trabalho, as cantigas de rodas por estar muito presente na vida diária de todas as crianças, onde possamos proporcionar situações lúdicas, falando, cantando e brincando.
A música está presente em diversas situações da vida humana e ao se trabalhar com este gênero textual, teremos suporte para atender a vários propósitos, entre eles, a formação de hábitos, atitudes e comportamentos.
A linguagem musical é excelente meio para o desenvolvimento da expressão, do equilíbrio, da auto-estima e autoconhecimento. E o professor entender e respeitar como as crianças se expressa musicalmente em cada fase, é importante para, a partir daí, fornecer os meios necessários ao desenvolvimento de sua capacidade expressiva.
A partir da escolha do gênero para se trabalhar com os alunos, tirarei preposições nas quais eles poderão aprender com este gênero textual.

O QUE AS CRIANÇAS PODEM APREDER COM ESTE GÊNERO

a) Ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos;
b) Brincar com a música;
c) Participar de situações que integrem músicas, canções e movimentos corporais;
d) Perceber e expressar sensações, sentimentos e pensamentos;
e) Participar de brincadeiras e jogos cantados e rítmicos;
f) Desenvolver a memória musical
g) Apreciar obras musicais de diversos gêneros, estilos, épocas, culturas, entre outras

Para se tornar possível as aprendizagens ao se trabalhar com este gênero textual se fazem necessário, respeitar o nível de percepção e desenvolvimento das crianças em cada fase. Também priorizar a possibilidade de desenvolver a comunicação e expressão por meio desta linguagem.
Portanto, pode se escolher trabalhar com projetos ou seqüências didáticas, onde, além de ampliar seu repertório musical, as crianças podem conhecer um pouco mais sobre a canção, que combina música, uma melodia com poesia e a letra.
Particularmente, prefiro projetos, pois desta forma estaremos proporcionando várias aprendizagens em múltiplas áreas de conhecimento.
Esta prática diária deve partir da vontade, das dúvidas e questionamentos espontâneos dos alunos. Por isso, o educador precisa estar de ouvidos abertos para os estudantes para que as crianças se envolvam na forma e no conteúdo desde o início. Projeto é deixar as crianças pesquisarem e usar a curiosidade delas para que elas adquiram conhecimentos.
Trabalhar com projetos permite desenvolvimento de várias competências, pois permite aos alunos: discutir, avaliar, parar para pensar, iniciar, colaborar.

ATIVIDADE DE ALFABETIZAÇÃO

Na atividade de Alfabetização II,aprendemos sobre as propriedades da leitura.Havia equívocos, onde acreditávamos que existia hipóteses de leitura, mas, a professora Giovana fez-nos compreender que existia as propriedades da leitura, que são elas: propriedades quantitativas (quando a criança não tem o valor sonoro) e qualitativas (quando a criança já tem o valor sonoro).
E baseado nestas explicações, tivemos que realizar uma atividade com os alunos do grupo cinco da professora Gilvaneide Carvalho da Escola Municipal Nossa Infância, onde, através de fichas com nomes de alguns alunos, teríamos que fazer algumas intervenções para que os alunos que estavam tanto com valor sonoro ou sem valor sonoro, pudessem avançar em relação à leitura.
Para mim foi muito desafiadora esta atividade, principalmente por não está na sala de aula, mas por outro lado, facilitou porque já conhecia os alunos.
Realizei a atividade com os alunos que estavam sem valor sonoro. Não houve muita dificuldade porque eles já conheciam os nomes dos colegas que estavam na ficha. Apesar de que haviam nomes parecidos e uma aluna confundiu os nomes e a partir daí pude fazer intervenções nas quais ela pode descobrir de quem se tratava.
Poder realizar atividades com os nossos alunos na escola a qual trabalhamos, foi muito gratificante, pois já estava fascinada pelo desenvolvimento de muitos deles em relação à escrita e a leitura, onde alguns dos que estão no grupo cinco já estão silábicos alfabéticos e no final do ano provavelmente estarão alfabéticos.
Também, ao realizar esta atividade, podemos favorecer a participação em algumas práticas de linguagem e proporcionar o avanço da compreensão do sistema de escrita.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O PAPEL EDUCATIVO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

"A escola precisa repensar urgentemente a sua relação com os Meios de Comunicação, deixando de ignorá-los ou considerá-los inimigos. A escola também não pode pensar em imitá-los, porque nos Meios predomina a função lúdica, de entretenimento, não a de organização da compreensão do mundo e das atitudes."
José Manuel Moran


Quando se fala sobre educação, pensamos logo que ela se dá tão somente através dos conteúdos trabalhados na escola ou através da educação proporcionada pela família. Mas sabemos que ela vai além destes dois pilares.
Levar os alunos a ter acesso á vários conhecimentos, inclui também trazer para escolas os meios de comunicações, com objetivos educacionais, através de uma proposta de intervenção pedagógica, onde possa proporcionar a integração do aluno a estes meios. Para tanto, é necessário pesquisar para poder intervir e propor estratégias que transformem e modifiquem as metodologias educativas para aproveitar as novas tecnologias.
Entende-se que a tecnologia é necessária, que é também através dela que a informação está na escola, que ela oferece possibilidades de desenvoltura comunicativa e agilidade cognitiva. É preciso, antes de tudo, que se leve em consideração um projeto educativo, procurando saber o que é possível fazer para responder às necessidades dos alunos. Também, saber o que se tem de modificar na escola, no processo educativo, para realmente se fazer uma educação relevante.
Qualquer meio de comunicação que se traga para a escola, há necessidade de se discutir com os alunos e deixar claro quais as intenções com esses programas e também procurar maneiras mais criativas de interação com as linguagens, pois já sabemos que estamos na era da educação tecnológica.
Pode-se afirmar que comunicação e educação constituem-se em um campo de atividade e de reflexão, sendo assim, devemos procurar integrar a cultura midiática no espaço educativo, desenvolvendo nos alunos habilidades para utilizar os instrumentos dessa cultura. Deixar de trabalhar apenas com os conteúdos curriculares e usar outras linguagens.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

terça-feira, 20 de outubro de 2009

GEACs -Pedagogia ao longo da história/Tensões na escola

O TREM DA VIDA

“Quando sua vida começa, você tem apenas uma mala pequenina na mão...”.

A medida em que os anos vão passando, a bagagem vai aumentando. Porque existem muitas coisas que você recolhe pelo caminho... Porque pensa que não é importante.

A um determinado ponto do caminho começa a ficar insuportável carregar tantas coisas.

Pesa demais...

Então você pode escolher:

Ficar sentado à beira do caminho, esperando que alguém o ajude, o que é difícil.
Pois todos que passarem por ali já terão sua própria bagagem.

Ou você pode aliviar o peso, esvaziando a mala. Mas o que tirar?
Você começa tirando tudo para fora, e vendo o que tem dentro...
Amizade...
Amor...
Amizade...
Amor...
Amor...
Amizade...

Nossa!Tem bastante, e curioso... Não pesa nada!

Mas tem algo pesado...
Você faz força para tirar...

É a raiva, como ela pesa.

Ai você começa a tirar, tirar, e aparecem à incompreensão, o medo, o pessimismo...
Nesse momento, o desânimo quase te leva para dentro da mala...
Mas você puxa-o para fora com toda a força,
e aparece um sorriso, que estava sufocada no fundo de sua bagagem...


Pula para fora outro sorriso e mais outro, e ai saem à felicidade...


Você coloca as mãos dentro da mala de novo e tira pra fora a tristeza...
Agora, você vai ter que procurar a paciência dentro da mala, pois você vai precisar bastante...

Procure então o resto:


Força, esperança, coragem, entusiasmo, equilíbrio, responsabilidade, tolerância, bem humor...


 Tira a preocupação também, e deixa de lado. Depois você pensa o que fazer com ela... Bem, sua bagagem está pronta para ser arrumada de novo! Mas pensa bem o que você vai colocar lá dentro!


Agora é com você...


E não se esqueça de fazer isso mais vezes...


Pois o caminho é Muito, muito longo.

Complexidade dos processos da chamada inclusão digital

OFICINA DE ÁUDIO

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

SEMINÁRI0 DE ABERTURA DO CICLO III

CICLO III

Quem diria, estamos participando de mais um Seminário de Abertura e desta vez, do Ciclo III! Ou seja, metade do curso, como enfatizou nossa coordenadora Andréia.
E como não poderia ser diferente, fomos recebidos com mais novidades. Desta vez, ornamentaram os espaços de forma bem criativa. O chão estava repleto de frases com fragmentos de músicas e na parede, um desenho de uma árvore com a seguinte pergunta: “Onde você se encontra neste curso?”. Teríamos que colocar nossos nomes no local no qual achávamos que nos encontrávamos no curso.
Eu vi o desenho de uma tábua no meio do tronco e coloquei meu nome neste lugar, porque ao refletir sobre minha atuação no ciclo anterior a qual minha participação não foi suficiente (por vários motivos), achei que estaria não na corda bamba, mas na tábua bamba. Por outro lado, vejo-me mais confiante, onde estou compreendendo mais os objetivos do projeto UFBA-Irecê.
Bom, depois de refletir um pouco sobre minha posição no curso, deu-se início ao seminário.
Primeiro realizaram um dinâmica do Transcinema, ou seja, imagens refletidas nos corpos (caleidosvirtus).
Ficamos sabendo que o primeiro lugar a ser utilizado este método foi em Nova York, segundo a cidade de Tapiramutá e agora em Irecê. Muito legal esta dinâmica.
Em seguida, ouvimos a palestra da professora Roseli Sá sobre A Pedagogia ao longo do tempo, trazendo alguns marcos da Educação, sob diversos enfoques, a produção de teorias pedagógicas e sua ressonância na concretude dos processos educativos, onde deixa claro que todas as pessoas que fazem pedagogia deveriam se aprofundar nestes estudos.
Sei dizer, que muitos cursista (inclusive eu), não queriam pegar esta atividade no Grupo de Estudos Acadêmicos (GEAC), por achar muito complicado o entendimento dos assuntos.
Logo após, partimos para a degustação das atividades, de forma bem dinâmica e interessante, onde teríamos que descobrir através de sons, imagens, do tato e outros métodos, do que se tratavam cada atividade.
E desta forma, partimos para a escolha das atividades as quais resolvemos desenvolver durante o ciclo.
Adorei saber, que desta vez nos ofereceram atividades voltadas para Educação Infantil e Educação Especial. Duas áreas ao qual me identifico muito.
Com as atividades escolhidas, sei que muito trabalho teremos para frente. Mas também sei que valerá apena.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

SEMINÁRIO DE ENCERRAMENTO CICLO II

O dia estava marcado:10 e 11 julho de 2009. Enormes expectativas faziam parte da vida de cada cursista.A incerteza em relação as notas das atividades, as apresentações dos grupos de Orientação, GELIt Produção livre. Sem falar no memorial e no diário de ciclo que tínhamos entregue para avaliação.
Chegamos no dia e hora marcada. Não sabíamos o que iríamos encontrar, como seria organizado este seminário de encerramento do ciclo.
Grande foi nossa surpresa, ao nos depararmos com um cenário digno de qualquer artista de cinema. A coordenadora do curso Andréia e sua equipe da secretaria acadêmica deram um show na ornamentação e na organização.
Neste dia, teríamos que fazer a avaliação do ciclo, principalmente refletirmos sobre a nossa prática pedagógica, relacionada com as atividades realizadas durante o ciclo.
A professora Inês Carvalho, fez uma dinâmica do caleidoscópio, onde teríamos que observar-lo procurando ver as diferenças de cada um. Sei que desta dinâmica, surgiram várias idéias nas quais o caleidoscópio nos proporciona, principalmente quando fazemos um paralelo com nossas vidas. As peças se misturam e formam sempre imagens diferentes.
E dando continuidade a programação,fizemos apresentações dos contos trabalhados nos nossos enontros do GELIT. Cada cursista escolheu um conto e contamos de forma mais natural e de bom entendimento para todos(as) que puderam assistir nossas apresentações.Os contos foram os seguintes: Tangerine Girl(Rita Cássia), Gato, gato, gato( Zé Nildo), Por um pé de feijão(Marileide), O homem nú (Gildete), Felicidade Clandestina(Rosa Amélia),Baleia( Maria Leide), O Peru de Natal(Núbianeide) e o de Jalcineide(não recordo o nome, mas vou procurar saber).
A noite como foi prometido, houve uma noite de gala, onde cada cursista e convidados aproveitaram para brilharem em seus trajes de gala. Logo após,assistimos aos vídeos produzido por cada grupo da atividade Oficina de Imagem da professora Maria Helena Bonilla, Ariston, Rita e a turma do Ponto de Cultura.
Cada vídeo tinha uma característica particular. O nosso grupo composto pelas professoras Dulcenalva,Gisélia e eu, fizemos um programa de jornalismo, com o tema Soft Livre em Irecê. Nele entrevistamos o gerente da Empresa Baiana de Saneamento Básico (EMBASA) Carlos Ribeiro, onde, informou-nos que é um usuário fiel e conhecedor dos softs livres e que nesta empresas fazem também usos deste softs.
Mas o vídeo que mais chamou-me a atenção foi o do tema Gripe Suína. Uma comédia de fazer qualquer um chorar e tanto rir.
Sei dizer, que cada cursista mostrou seu talento, tanto como ator(atriz), como produtores de vídeo.
O importante de tudo isso, é que em cada encerramento de ciclo, nos surpreendemos muito com tudo que foi produzido durante cada atividade.
E para completar, fomos convidados para participar do Seminário de Abertura do Ciclo II da turma de Tapiramutá. Lá vamos nós mostrar nossos talentos, mesmo com um friozinho na barriga. E que venha o ciclo III.

terça-feira, 30 de junho de 2009

VIDAS SECAS- Graciliano Ramos

É inclivel como o escritor Graciliano Ramos conseguiu transmitir com tanta clareza a realidade de uma família retirante nordestina, fazendo com que sentíssemos que estávamos fazendo parte deste enredo.
O livro “ Vidas Secas” foi escrito em 1938, onde ele critica a situação econômica do nordeste e as diferenças entre os donos das terras e o trabalhador.
A narrativa nos leva a perceber aquele cenário desolador da seca nordestina., ou seja, homem, paisagem, bicho, terra, seca e humilhação.
Nesta obra, Graciliano queria pertubar a disgestão dos que podem comer, principalmente por quem nunca se separou com uma história igual a de Fabiano, Sinhá Vitória, os dois filhos e a cadela Baleia.
A obra de Graciliano Ramos foi adaptada para o cinema em 1963 pelo cineasta Nelson Pereira dos Santos e fez parte da primeira fase do cinema novo, cujo esta fase apresenta uma temática voltada para o nordeste e os problemas da região.
O filme mantém fidelidade ao texto de Graciliano e a história vai sendo narrada polos movimentos da câmara que dão origem as imagens que falam por si só. As palavras são praticamente inexistentes ou são substituídas por exclamações, onomatopéias e se restrigem a resmungos ou gestos.
A escuta supõe romper com o pacto de silêncio do grupo social a que pertencemos e do qual usufruímos, usofruto que supõe a inocência, a ignorância sobre as determinações da miséria do outro e a reflexão sobre a igualdade entre os homens, quando, de fato, o que fazemos é excluí-los.
O ruído constante de uma roda de carro de boi soa como música da seca e uma cachorra só pele e osso se reveste de sentimentos humanos, são imagens que bastam para retratar a realidade.
É inclível também como Roseane consegue transmitir seus conhecimentos sobre a linguagem fílmica. Ela nos falou da ética da estética, que seria buscar a ética através da crítica social.
Falou ainda que o artista tem ima função social, que é função ética ou seja denúncia social do Brasil.
Ainda comentou sobre a narrativa do silêncio que tanto Graciliano, quanto Nelson trabalharam, ou seja: submissão do menor, a câmara fala, ignorância argumentativa e linguagem fragmentada.
Que no filme existiam dois tempos que narram a história: cronológico (a ordem dos fatos; tempo linear- passado/presente/futuro) e psicológico( como o personagem se sente naquele momento. Este tempo depende muito da motivação/sentimento.
No espaço estruturante estão presentes o silêncio, o espaço dá sentido/ratifica o sentido da seca.
No processo de isolamento estão as condições concretas de existência, animalização do homem e Baleia/ linguagem humana.
Ficamos sabendo também sobre a diferença entre hipotexto (texto original/ livro-linguagem escrita) e hipertexto ( texto criado a partir de outro- filme/ linguagem cinematográfica).
Sendo assim, a linguagem nos proporciona a comunicação. Através dela adquirimos conhecimentos. Passamos a ser autonomos e criamos uma práxis, desta forma refletimos sobre nossa prática.
A partir daí, fez-nos refletirmos sobre qual a importãncia da linguagem cinematográfica no processo de formação. Acredito que esta linguagem neste processo de formação, contribuirá muito na nossa prática pedagógica, principalmente por podermos ver com outros olhares a forma de como trabalhávamos com esta linguagem com nossos alunos. Procurar fazer sempre re-leitura dos vídeos, partindo da visão que os alunos têm., procurando ajudá-los a adquirirem estes conhecimentos.

ROTEIRO DO VÍDEO- Oficina de Imagem

ROTEIRO DE PRODUÇÃO DE VÍDEO

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO – FACED/PROJETO IRECÊ CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA–SÉRIES INICIAIS/ENSINO FUNDAMENTAL
ATIVIDADE: Oficina de imagem PROFESSORA: Maria Helena Bonilla
CURSISTAS: Gicelia Batista Nunes, Dulcenalva Araujo Novaes e Marileide Martins


PROGRAMA JORNALÍSTICO TEMA: USO DO SOFTWARE LIVRE EM IRECÊ

O Software Livre surge, então, da necessidade de abandonarmos o velho papel de meros usuários da tecnologia e passarmos a desenvolvê-la e usá-la para o bem de todos.
O Brasil, particularmente, precisa acabar com sua dependência tecnológica e passar
a desenvolver softwares, ao invés de continuar refém dos preços abusivos impostos pelas grandes corporações e seus mercados.(Cartilha de software livre,2005)

O software livre é um programa de computador que, por ser livre, pode gerar economia no valor da licença de uso do software, podendo ser copiado, distribuído livremente e apresenta também alternativa para a redução da exclusão social.

NOME DO PROGRAMA: REDES E ASAS (VINHETA)
Imagem de redes-logomarca do Ponto de Cultura (fios) com asas ao redor em movimento e som de campainha.

ABERTURA DO PROGRAMA APRESENTADORA: MARILEIDE
* O software livre em Irecê já é uma realidade. Chamada(feita pela apresentadora):
* Para entendermos melhor esse tema e sua inserção na comunidade ireceense, vamos conversar com a professora da rede municipal, Dulcenalva Araujo Novaes Alecrim

FALA DA APRESENTADORA MARILEIDE E ENTREVISTADA RESPONDENDO LIVREMENTE A CADA QUESTÃO FEITA:

* Professora Dulcenalva, a senhora realizou uma pesquisa sobre a implantação e uso do Software Livre em Irecê. Fale um pouco dessa sua experiência.
* Professora, enquanto cursista do programa de formação de professores ufba/Irecê, utilizou as máquinas da universidade configuradas com o software livre. Como foi a experiência?
* Diante de suas descobertas, quais as vantagens da adoção do software livre?

APRESENTADORA MARILEIDE

* Agora, vamos ver com a repórter Gicelia Batista, o que falam os usuários do software livre, diretamente da Empresa Baiana de Águas e Saneamento em Irecê (Embasa).
Repórter:
* Sr. Carlos Alberto, a quanto tempo adotou o Software Livre em seus computadores?
* Durante esse tempo que o Sr. usa o Software Livre, o que tem a dizer sobre o programa?
* Diante do seus conhecimentos, como a empresa tem se beneficiado com a adoção ao Software Livre?
Apresentadora:
* Vamos ver como está sendo utilizado o software livre nas escolas
* Fala Gicélia Batista, diretamente da Escola Municipal Luiz Viana Filho.
Repórter:
* Dino Estevão, como você conheceu o software livre?
* Você sentiu dificuldade em monitorar um laboratório de informática com o Software Livre? *
As pessoas que utilizam esse espaço sentiram dificuldades para se adaptarem ao S.L?
* Quais os aplicativos mais utilizados por alunos e demais usuários desse laboratório de informática?
Apresentadora:
* Agora, a repórter Gicelia Batista, está onde tudo começou, no Ponto de Cultura e vamos ver o que falam alguns usuários que lá se encontram.
Repórter:
* É possível atender a demanda da informática usando apenas o Software Livre?
* A cidade de Irecê já deu um passo importante na informatização. E a população acompanham esses avanços?
* De acordo com o seu envolvimento nesse movimento, Você tem as informações sobre o número de pessoas que migraram do software proprietário para o Software Livre, em Irecê?
* Quais as políticas públicas municipais para uso do software livre em Irecê?

APRESENTADORA MARILEIDE AGRADECE E ENCERRA O PROGRAMA

Diante dos depoimentos, percebemos as vantagens e segurança que o software livre nos oferece, e muitas pessoas, após conhecerem o programa e suas vantagens, migraram do software proprietário para o software livre. Acreditamos que o software livre é melhor que software proprietário, por ser ele uma produção colaborativa, promovendo assim um processo de aprendizagem coletiva, de forma dinâmica e interativa. Nessa perspectiva, consideramos como um valioso instrumento para a inclusão digital e desenvolvimento tecnológico do país. Estamos encerrando nosso programa Redes e Asas. Agradecemos ao participantes e aos telespectadores pela audiência. Tenham todos uma boa noite!

FICHA TÉCNICA.

Direção: * DULCENALVA ARAUJO NOVAES ALECRIM, GICELIA BATISTA NUNES E MARILEIDE MARTINS LIMA
Roteiro: * DULCENALVA, GICELIA E MARILEIDE
Filmagem: * DULCENALVA, GICELIA E MARILEIDE
Produção: * DULCENALVA, GICELIA E MARILEIDE
Edição: * DULCENALVA, GICELIA E MARILEIDE
Música: * Web site(Gilberto Gil)
Narração: * DULCENALVA, GICELIA E MARILEIDE
Professores orientadores: * MARIA HELENA BONILLA. * RITA CASSIA DOURADO ANTUNES * ARISTON EDUÃO
Apoio:
* PONTO DE CULTURA CIBERPARQUE ANÍSIO TEIXEIRA - IRECÊ-BA.
Filme produzido por alunos do curso de Licenciatura em Pedagogia – Séries Iniciais/Ensino Fundamental UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO /PROJETO IRECÊ Produzido e editado em Software Livre

Licenciado em Creative Commons Jun/2009

ATIVIDADE DE ALFABETIZAÇÃO

" Ai de mim, ai das crianças abandonadas na escuridão"
(Graciliano Ramos)

Com o propósito de discutir algumas questões sobre alfabetização, de se fazer intervenções didáticas e pensar de como é possível alfabetizar todas as crianças, iniciamos esta atividade, tendo como tutora a professora Geovane Zen.
De início, ela questionou-nos por que aprender a ler e escrever é tão importante? Para mim, acredito que apesar de várias formas de se comunicar, a leitura e a escrita ainda domina o modo de comunicação. Desta forma a leitura e a escrita, permite-nos conhecer o mundo real quanto o imaginário. Também vivemos em um mundo cheio de informações, seja elas visual, escrita ou codificada e sem o domínio da leitura e da escrita ficamos aleios a estas informações.
Achei interessante quando ela diz que quem não consegue entender esta linguagem, não consegue conhecer o mundo e se interagir e que precisamos garantir aos nossos alunos o direito de serem alfabetizados.
Falamos sobre as concepções de alfabetização em que segundo Ferreiro(1985) e Freire (1996) dizem que é um processo de evolução, onde escrever e ler são duas atividades da alfabetização e a leitura do mundo antecede a da escrita. Sendo assim, o professor tem que ser o mediador e saber como as crianças aprendem e a partir daí, refletir sobre o sistema de escrita e também que é necessário saber sobre os conhecimentos que os alunos possuem.
Logo após discutimos sobre os métodos de alfabetização, em que o primeiro foi a Metodização do ensino da leitura ( método de marcha sintética- da parte para o todo), segundo, a Institucionalização do método analítico ( 1890), onde o ensino da leitura deveria ser iniciado pelo “todo” para depois proceder à análise de suas partes construtivas. Terceiro a Alfabetização sob medida (1920), que seriam os métodos mistos ou ecléticos (exercícios grafomotores) e em quarto, Alfabetização- Construtivismo e Desmetodização, resultante da pesquisa sobre a Psicogênese da Língua escrita dedesenvolvida pela pesquisadora argentina Emíla Ferreiro e colaboradores.
Neste momento houve muitas discussões a respeito desta teoria, haja visto que muitos educadores abandonaram suas práticas pedagógica e até mesmo ficaram perdidos sem saberem o que e como ensinar seus alunos.
Depois passamos a analisar algumas escritas de acordo com as hipóteses que os alunos se encontravam. Claro que houve acertos, mas também erros de avaliação, mas o importante é que chegamos ao um concenso.
Outra indagação que Geovane nos fez, foi “quais intervenções que teremos que fazer para que os alunos avancem em suas hipóteses? Também, em que situações as crianças que não sabem ler e escrever, podem aprender a ler e escrever? Achamos que é quando o professor ler para seus alunos, através da produção oral com destino escrito, o professor como escriba, mas o aluno que deverá produzir o texto, escrita dos alunos, leitura pelo aluno.
Trabalhando os quatro contexto de forma articulados, garante a alfabetização dos alunos. São eles: Aspectos Discursivos, Comportamentos Leitores e Escritores, Aspectos Notacionais e Comprender o Sistema de Escrita. É importante ensinar os alunos o funcionamento da escrita.
A partir desta aula esclarecedora, partimos para realização de atividade que seria avaliativa destes encontros. Teríamos que realizar algumas atividades com nossos alunos fazendo agrupamentos de acordo com cada hipótese de escrita para montar a parlenda “Rei Capitão”.
Como eu não estava em sala de aula, tive que adotar alguns alunos da sala da professora Gildete da Escola São Pedro. Primeiro fizemos uma avaliação diagnóstica, para depois partir para realização da atividade de acordo coma divisão das hipóteses e da dinâmica de realização das atividades.
Particularmente achei compricado realizar esta ativdade, pois nunca trabalhei com alfabetização e apesar de ter participado do PROFA, e ter conseguido entender um pouco como funcionava cada hipótese de escrita dos alunos,confesso que sempre tive uma grande curiosidade de compreender como as crianças aprendem a ler e escrever. E esta atividade contribuiu muito para que eu tirasse algumas dúvidas em relação a alfabetização dos alumos.
Posso dizer que valeu a pena ter me inscrito nesta atividade, que apesar de não está em sala de aula, me ajudará muito a compreender nossos alunos do grupo cinco, em seu processo de início de alfabetização, haja visto que muitos, acreditamos já chegaram no final do ano silábicos alfabéticos ou até mesmo alfabéticos.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

ATIVIDADE TERTÚLIA

" As obras literárias são a melhor expressão do espírito humano"


“Tertúlia”! Nome estranho, não é? Todos ficaram com medo de se inscreverem nela. O nome assustou. Tanto que havia poucos cursistas realizando esta atividade.
Quer saber o que quer dizer Tertúlia? Pois bem, vamos lá: reunião de amigos para discutir literatura. Não é legal? Eu adorei esta atividade, e o professor Mariel Carvalho, é literatura em pessoa, é uma coisa inclivel! Nunca vi alguém respirar e transpirar literatura como ele.
Fez-nos uma explanação sobre alguns Cânones da nossa Literatura Brasileira que entre eles estão: Machado de Assis, Mário de Andrade, lima Barreto, Graciliano Ramos, Jorge Amado, sem esquecer de Cecília Meireles, Rachel de Queiroz.
Também refletimos sobre o que define Literatura e sabendo que há vários significados, gostei mais deste: "Literatura á a expressão artística dos conteúdos da ficção ou imaginação por meio da palavra escrita".
Sempre achei que era só escrever alguns romances, que já era considerado literário, mas ficamos sabendo que não é bem assim , ou seja, para que uma obra venha a ser considerada Grande Literatura ela precisa ser declarada literária pelas chamadas instâncias de legitimação que entre elas estão a universidade, os suplementos culturais dos grandes jornais, as revistas especializadas, os livros didáticos, as histórias Literárias, etc.
Outra atividade que realizamos durante esses encontros, foi assistirmos ao filme "O Carteiro e o poeta", a qual faço uma breve reflexão abaixo e recomendo a todos que ainda não assistiram. Antes disso, reflitam sobre o que diz Márcia Abreu no seu livro 'Cultura Letrada- Literatura e leitura":

"A escola ensina a ler e a gostar de literatura. Alguns aprendem e tornam-se leitores literários. Entretanto, o que quase todos aprendem é o que devem dizer sobre determinados livros e autores, independentemente de seu verdadeiro gosto pessoal"


REFLEXÃO SOBRE O FILME: “O CARTEIRO E O POETA”

É interessante como a linguagem cinematográfica, é repleta de possibilidades narrativas, onde nos seduz e também como essas narrativas traz significância para nossas vivências.
Ao assistirmos o filme “ O Carteiro e o Poeta” do diretor Michel Radford ( 1994), podemos observar como ele é rico de detalhes nas imagens, na história e na trilha sonora.
O filme conta a história da vida do poeta Pablo Neruda, onde estava exilado em uma ilha na Itália, devido a problemas políticos e de Mário Ruoppolo, que era desempregado, solteiro e semi-analfabetizado, que é contratado como carteiro, com a responsabilidade de entregar com exclusividade as correspondências de Neruda.
Esse fato impulsionou o surgimento de uma profunda amizade entre os dois. A relação entre eles foi se consagrando na confiança pactuada por um diálogo sincero. O poeta foi aprendendo a simplicidade do carteiro e o carteiro amplia sua visão das coisas e seu conhecimento a respeito de si mesmo.Descobre, também como expressar sua paixão pela jovem Beatrice Russo e pelo mundo. Com Neruda, ele aprende lições de sensibilidade, de cidadania e de política. Ele experimenta uma intensa transformação em sua vida. Começa a experimentar novas vivências, faz coisas diferentes, milita em um partido político, desenvolve a arte de elaboração do conhecimento, aprende a se conhecer, passa a perceber coisas sublimes, transcendentes, como poesias, começa a admirar a geografia do lugar, onde antes vivia sem perceber quase nada, reconhece a exuberante paisagem da ilha onde mora.
Mas o inesperado acontece.Neruda tem permissão para retornar ao Chile, e compromete-se a escrever para Mário. Contudo os anos se passam naquela ilha e nada, só o vazio e as saudades.
Mário, chateado porque foi esquecido por Neruda, começa a pensar por que o poeta haveria de lembrar dele . Ele não era nenhum poeta, nem um comunista. Se colocou como um nada. Mas ao mesmo tempo ele foi fazer com que Pablo se lembrasse dele, usando a metáfora do lugar, como algo assim essencial, porque quis expressar pelo carisma, que ele tinha pelo poeta a poesia do lugar.
O fato de Mário não ser lembrado por Neruda é um sentimento que abala os espectadores do filme. É um choque, pois o filme encerrar-se sem que o poeta escreva para Mário ou o relembre de imediato.
Os acontecimentos que o filme mostra estão na esfera do não esperado. São acontecimentos pouco previsíveis e que, aparentemente, confrontam-se com a realidade da vida daquelas pessoas e, igualmente, com a da vida de quem assiste o filme.
Então, por mais que o carteiro achasse que não tinha nada a oferecer ao poeta, deu-se para perceber que, como diz a letra da Música “Metáfora” de Gilberto Gil, que ninguém é tão vazio, que não possua algo que venha contribuir com alguém.
E que sempre temos uma meta a ser cumprida. Isto está bem visível no personagem de Mário, pois enquanto ele não conseguiu conquistar a amizade do poeta, não se deixou vencer. Conquistou e lutou pelos seus objetivos.
Da mesma forma, quando julgamos Pablo Neruda por ter abandonado Mário, não podemos ter uma visão ampla do que se passava em sua cabeça. Para ele, o fato de poder retornar para o Chile, torna-o livre novamente. Então, de qualquer forma, tinha também sua meta para cumprir.
Podemos dizer que simplesmente cada um dos personagens, de acordo com suas vidas, tem algo em comum, ou seja, a poesia .

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Oficina de Imagem

"O homem contemporâneo necessita se alfabetizar de novo, a partir da interação com as linguagens audiovisuais." (Walter Benjamin, séc. xx)


IMAGEM E EDUCAÇÃO


A Atividade Oficina de imagem, traz- nos a oportunidade de cada vez mais nos alfabetizar com as linguagens audiovisuais, haja vista que a prática dos alfabetizadores ainda está muito centrada no saber escrito, tido como fonte privilegiada da verdade. Devemos levar em consideração que a maioria dos professores desconhecem as noções básicas destas linguagens e nesta atividade de Oficina de Imagem estamos nos alfabetizando, e assim poderemos trabalhar com nossos alunos as várias possibilidades de aproveitar o computador, usando a Internet, os editores de imagens, para fazer desenhos, pinturas, esculturas e colagens.
No Gimp, poderemos ensiná-los a recortar, colar, na camada de imagens exploramos as ferramentas: redimensionar para aumentar e diminuir o tamanho da imagem, transportar imagem, inclinar e também os textos coloridos . Este é um programa que nos proporciona muita criatividade. Já no Cinelerra que é um poderoso software para composição e edição de vídeo em tempo real, tanto nos canais de áudio, como nos canais de vídeo, poderemos trabalhar com nossos alunos, produções de vídeos, onde eles mesmos possam ser os produtores.
"Certamente necessitamos de uma pedagogia que considerem o poder estruturante da imagem, fundindo-se realidade, ficção e imaginário" (Felippe Serpa,2004)

GELIT- OS CEM MELHORES CONTOS BRASILEIRO DO SÉCULO

Nosso Grupo de Estudo Literário (GELIT), orientado pela professora Margô, está tendo a .grande oportunidade de conhecer um pouco de cada escritor, suas obras, além de fazer um passeio por cada época do Brasil.
Com várias metodologias e dinâmicas, procuramos nos deliciarmos com os contos existentes no livro "Os Cem Melhores Contos Brasileiro do Séculos de Ítalo Mariconi.
Neste livro, ele faz um passeio pela mais deliciosas e contundente ficção curta produzida no Brasil entre 1900 e o fim de1990.
Traduz as mudanças produzida no país e as inquietações de várias gerações de brasileiros, em cem anos de produção literária.
A edição separou os contos por períodos históricos ou seja: a consagração do modernismo nos anos 40 e 50; os conflitos de identidade dos anos 60; a violência da vida urbana dos anos 70; a exploração sem censura do corpo dos anos 80; a criativa irreverência dos anos 90.
Neste livro, Moriconi escalou craques como: João do Rio, Clarice Lispector, Lima Barreto, Graciliano Ramos, Carlos Drummond, Dinah Silveira de Queiroz, Fernando Sabino, Lygia Fagundes, Luíz Fernando Veríssimo e Nélida Piñon, entre outros.
É interessante como surgem várias discussões entre o grupo a cerca de cada escritor, cada época em que é contado o conto e também que a cada encontro, deixamos o receio de lado, a intonação da voz melhora cada vez mais e sentimos prazer de contar o conto e não lê-lo. Sem falar na nossa orientadora que é uma historiadora e contadora das melhores do Brasil. Com ela, fica mais fascinante e contagiante aumentar nosso desejos em conhecer cada vez mais sobre literatura.
Faça você também um passeio pela Literatura Brasileira através deste livro maravilhoso!


quarta-feira, 22 de abril de 2009

Oficina de Imagem

MONTAGEM DE FOTOS


Estou adorando a atividade da Oficina de Imagem.
Explorando várias ferramentas do Gimp, conseguimos modificar, aperfeiçoar e dimensionar várias fotos.
Na teoria é mais difícil. Aprendemos mais, manipulando a máquina. Desta forma descobrimos todas as possibilidades para transformar uma foto.
Com a ajuda de Ariston e Rita, tudo ficou mais fácil.



quarta-feira, 15 de abril de 2009


OFICINA DE IMAGEM

Mudando de lugar, sem sair do lugar.
Isto só é possível na oficina de imagem.