segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

ATIVIDADE- ARTE E PRÁTICAS CORPORAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL





A Importância Educacional e o Vigor Pedagógico inerente à obra de arte

A expressão corporal enquanto meio educativo apresenta o aluno como agente de transformação, proporcionando o desenvolvimento e a melhoria da comunicação interpessoal, além de explorar a espontaneidade, a naturalidade, a criatividade e a imaginação. Todos esses estímulos levam à sensibilização e à formação da consciência corporal. A expressão corporal estimula ainda a percepção, a atenção a autonomia corporal, a melhoria e o desenvolvimento dos aspectos físicos, motores,sociais,cognitivos e afetivos.
Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil o ensino da arte deve primar pela contextualização da realidade cultural, social,econômico,deve levar em conta o nível de desenvolvimento motor, a faixa etária, as experiências e as histórias de vida dos alunos.
As artes visuais estão presentes no cotidiano da vida infantil. Ao rabiscar e desenhar no chão, na areia,e nos muros, ao utilizar materiais encontrados ao acaso(gravetos, pedras,carvão), ao pintar os objetos e até mesmo seu próprio corpo, a criança, pode utilizar-se das artes visuais para expressar experiências sensíveis. Tal como a música, as artes visuais são linguagens e, portanto,uma das formas importantes de expressão e comunicação humanas, o que, por si só, justifica sua presença no contexto da educação, de um modo geral.
Assim é bastante enriquecedor solicitar que as crianças levem para a escola, por exemplo, elementos que se refiram a um determinado assunto de arte a ser trabalhado. O professor também deverá fazê-lo. Dessa, maneira havendo interesse em trabalhar a percepção das formas e seus elementos (como textura, cores), pode se colecionar da natureza folha, flores, gravetos, pedras e etc. Ou de materiais produzidos pelo homem como tecidos, pedaços de papéis, rótulos, embalagens , fotografias, ilustrações, objetos de uso cotidiano, sons, canções e outros, que serão reunidos na classe como material auxiliar para as aulas de artes.
O teatro na educação escolar possibilita trabalhar a relação consigo mesmo e com o outro, o uso da voz, a interpretação do texto e a comunicação verbal ou corporal de uma mensagem. Trata-se de uma comunicação artística que exige a presença de quem atua, de forma completa: corpo, fala e gesto.
É de fundamental importância que o professor possua o conhecimento da linguagem teatral bem como o objetivo do que será trabalhado com os alunos, entendendo que o teatro desenvolve as capacidades artísticas e expressivas, o exercício das relações de cooperação, diálogo, respeito mútuo, e flexibilidade de aceitação das diferenças.
O teatro compreende um espaço que possibilita a fala acerca de diversos temas presentes no cotidiano e este espaço de fala possibilita aos alunos que participa dessas ações, ocupar um território livre no qual as ideias, personalidades e olhares, podem ser expostos, sem acarretar punições comuns na vida real, por conta do distanciamento entre a ficção e a realidade.
Esta situação desenvolve uma reflexão crítica acerca do movimento vivido pelos alunos, provocando-os para pensar sobre novas possibilidades de transformação pessoal e na sociedade.

A Arte e a Lucudidade no processo educativo da Educação infantil

O brincar é sem dúvida um meio pelo qual os seres humanos e os animais exploram uma variedades de experiências em diferentes situações, para diversos propósitos. Ao brincar a criança diferencia vários papéis e se faz presente sobre tudo no faz de conta, quando as crianças brincam como se fossem o pai, a mãe, o filhinho, o médico, o paciente, heróis e vilões etc., imitando e recriando personagens observados ou imaginados nas suas vivências. Ao brincar de faz de conta, as crianças buscam imitar, representar e comunicar de uma forma específica que uma coisa pode ser outra, que uma pessoa pode ser uma personagem, que uma criança pode ser um objeto ou um animal, e que um lugar “faz de conta” que é outro.
Através de uma brincadeira de criança, podemos compreender como ela vê e constrói o mundo- o que ela gostaria que ele fosse quais suas preocupações e que problemas a estão assediando. Pela brincadeira, ela expressa o que teria dificuldade de colocar em palavras.
Nenhuma criança brinca só para passar o tempo, sua escolha é motivada por processos íntimos, desejos, problemas, ansiedades. O que está acontecendo com a mente da criança determina suas atividades lúdicas; brincar é sua linguagem secreta, que devemos respeitar mesmo se não a entendemos (BETTELHEIM, citado por ZACHARIAS, 2008, p. 04).

Brincar é assim, um espaço no qual se pode observar a coordenação das experiências prévias das crianças e aquilo que os objetos manipulados sugerem ou provocam no momento presente.
Brincar é mais que aprender para as crianças, o brincar e o jogar são maneiras de aprender e se desenvolver. Não importa que não saibam disso, ao fazer essas atividades, elas vivenciam experiências fundamentais para seu desenvolvimento. Através dos jogos favorecem o domínio de comunicação nas suas várias formas, facilitando a auto-expressão. Encoraja o desenvolvimento intelectual por meio do exercício da atenção, pelo uso progressivo de processos mentais mais complexos, como a comparação e discriminação.
O brincar é um meio efetivo para estimular o desenvolvimento da linguagem e a inovação no uso da linguagem, especialmente em relação ao esclarecimento de novas palavras e conceitos. O brincar é uma ferramenta rica que o professor tem em mãos para estimular a atividade construtiva da criança.

É interessante também que o professor :
a) Providencie um ambiente adequado para a brincadeira. Cabe-lhe organizar os espaços em aula de modo a permitir as diferentes brincadeiras;
b) Selecionar materiais adequados. O professor precisa estar atento à idade a as necessidades de seus alunos para selecionar e deixar a disposição materiais e brinquedos adequados;
c) Permitir a repetição das brincadeiras. As crianças sentem grande prazer em repetir brincadeiras que já conhecem e manejam bem;
d) Enriquecer e valorizar as brincadeiras realizadas pelas crianças. Valorizar as atividades das crianças, interessando-se por elas, animando-as pelo esforço. Quando só o professor é que seleciona as brincadeiras, as crianças perdem o interesse e ficam limitadas na sua criatividade. É importante e bom o educador diversificar, mas também deixar os alunos livre para brincar;
e) Ajudar a resolver conflitos. É natural acontecerem conflitos nas brincadeiras coletivas, mas é importante que o professor auxilie no processo de negociação entre as crianças, incentivando a resolverem suas diferenças autonomamente, contribuindo assim, para o seu crescimento humano;
f) Respeitar as preferências de cada criança. O professor pode enriquecer suas brincadeiras, mas nunca reprimir suas preferências.
Nas brincadeiras coordenadas, o papel do professor deve ser o de mediador,proporcionando a socialização do grupo, a integração e participação das pessoas envolvidas, favorecendo atitudes de respeito, aceitação, confiança e conhecimento mais amplo da realidade social e cultural. Além de oportunizar situações de aprendizagens específicas e aquisição de novos conhecimentos, dando condições para que a criança explore diferentes materiais, objetos e brinquedos. É importante que o professor planeje os objetivos que quer atingir, bem como o tempo e o espaço que a brincadeira deve acontecer.

Trabalho apresentado a atividade de Arte e Práticas Corporais na Educação Infantil, sob a orientação da profª Cilene Nascimento Canda.

CURSISTAS: ALAIDES NASCIMENTO NUNES PEREIRA, ELIZABETE RODRIGUES NOVAIS, MARILEIDE MARTINS LIMA, MARCÉLIA CLÁUDIA BATISTA MATOS E NAURA CÉLIA SANTOS SILVA



REFERÊNCIAS:

BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação infantil.Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental -Brasília: MEC/ SEF, 1998.
CARNEIRO, Maria Angela Barbato. A descoberta do brincar/ Maria Angela Barbato e Janine J. Dodge. São Paulo: Editora Melhoramentos/ Editora Boa Companhia. 2007.
13/12/2009
http://www.artenaescola.org.br/pesquisa_artigos_textos.php?id_m87.> Acesso no dia 13/12/2009

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